A Educação do Campo é uma
Política Pública que vem se concretizando no Estado do Paraná e também no
Brasil. É uma ação conjunta entre governo e sociedade civil organizada para o
resgate de uma dívida histórica do Estado aos sujeitos do Campo. Os modelos
pedagógicos vinculavam-se ao mundo urbano, ignorando a diversidade
sociocultural e a prática social dos diversos sujeitos do Campo.
As Diretrizes Curriculares da
Educação do Campo visam motivar os professores na observação e apropriação da
riqueza que o campo brasileiro oferece à ampliação dos conhecimentos escolares.
Nesse sentido é necessário se
pensar uma educação que respeite e valorize a diversidade humana para que se
construa uma sociedade mais digna e justa.
Em Araucária, a Educação do Campo é
fundamentada na Legislação que a orienta, nas esferas: federal, estadual e
municipal pela Resolução do Conselho Municipal de Educação nº01/2012 (CME) que
trata das “normas para Educação do Campo da Rede Pública Municipal de Ensino de
Araucária”.
O Plano Municipal de Educação
também traz a sua contribuição apontando que a Educação do Campo para o sujeito
do Campo se legitima por ser pensada a partir da especificidade do Campo e seus
sujeitos. Há uma mudança de paradigma, antes as questões rurais eram
desconsideradas e o tratamento dos conteúdos era o urbano.
Porém as Escolas do Campo devem
ter uma Proposta Pedagógica que tome por referência do processo educativo a
produção da vida no campo articulada com os conhecimentos historicamente
acumulados.
Ao que podemos observar, as
Escolas do Campo trabalham nessa perspectiva envolvendo o potencial dos alunos
e o sentimento de pertencimento associado aos conteúdos das Diretrizes
Curriculares Municipais, para desenvolver atividades em todas as áreas do
conhecimento.
Segundo Souza p.32: “é importante
notar que a característica da Escola do Campo está centrada em três aspectos,
sendo: 1) identidade construída no contexto das lutas empreendidas pela
sociedade civil organizada, especialmente a dos movimentos sociais do campo; 2)
organização do trabalho pedagógico, que valoriza trabalho, identidade e cultura
dos povos do campo; 3) gestão democrática da escola, com intensa participação
da comunidade” (SOUZA, 2011 p.32).
Assim percebemos que a escola do
campo caracteriza-se num contexto das lutas e movimentos sociais ao longo da
história e seu trabalho pedagógico deve estar voltado aos sujeitos do campo
considerando sua identidade, seus saberes e cultura.
Deve-se pensar que o aluno é
essencial na organização do trabalho pedagógico para que a escola do campo
forme sujeitos conscientes, participativos, capazes de transformar a realidade
em que vivem, para melhor, sendo esta a realidade do Campo.
Referências:
- Diretrizes Curriculares da Rede
Pública de Educação Básica do Estado do Paraná SEED 2010;
- Plano Municipal de Educação –
Araucária Construindo uma Educação com Qualidade Social 2008;
- Diretrizes Municipais de
Educação 2012. SOUZA, Maria Antonia de Souza Práticas Educativas do/no CAMPO. Ponta Grossa: Editora UEPG, 2011.
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